Os dados contidos neste boletim se referem ao período de 1º de janeiro a 18 de fevereiro e, de acordo com os demonstrativos, Minas Gerais viveu três grandes epidemias em 2010, 2013 e 2016. O número de casos neste ano ultrapassou o número de casos registrados em anos não epidêmicos.
Até o momento, 2019 segue a tendência de anos epidêmicos, no entanto, com menor intensidade que as duas últimas epidemias.
Ainda conforme o boletim, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba seguem com alta incidência de casos prováveis em relação às três moléstias (Veja lista abaixo). Por outro lado, chama atenção o caso de Arcos, no Centro-Oeste do Estado, onde a incidência de dengue é classificada como “muito alta” pela SES-MG.
Em 2019, até o momento, o levantamento mostra que Minas Gerais registrou 23.893 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue. O número é bem acima dos 17.860 casos prováveis divulgados no último boletim, em 11 de fevereiro. Além disso, há sete óbitos em investigação para a doença.
Na região, com o índice considerado “muito alto” está Capinópolis com 91 casos prováveis da doença até o momento. Delta aumentou os casos prováveis de 53 para 85 em uma semana e voltou a ser classificada com incidência “muito alta”.
Outros municípios que também estão na lista de índice “muito alto” são Conquista, Prata, Veríssimo, Paracatu e João Pinheiro, no Noroeste do estado.
Em Uberlândia, o índice é considerado “alto”. No principal município da região já são 2.514. Já em Uberaba, os casos prováveis subiram de 449 para 606 no período de uma semana.
Casos prováveis de dengue na região em municípios com incidência “alta” e “muito alta” da doença
Município |
Total de casos |
Situação |
Capinópolis |
91 |
Muito Alta |
Conquista |
65 |
Muito Alta |
Delta |
85 |
Muito Alta |
João Pinheiro |
684 |
Muito Alta |
Paracatu |
542 |
Muito Alta |
Prata |
272 |
Muito Alta |
Veríssimo |
61 |
Muito Alta |
Campina Verde |
135 |
Muito Alta |
Uberlândia |
2.514 |
Alta |
Monte Carmelo |
147 |
Alta |
Frutal |
225 |
Alta |
Fronteira |
76 |
Alta |
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Segundo o boletim da SES-MG, não há registros de óbitos suspeitos da doença em 2019. Porém, o número de casos prováveis aumentou em uma semana e já são 406 registrados neste ano.
Ainda assim, os números da chikungunya também vêm sendo acompanhados de perto pela SES-MG. Foram registrados 317 casos prováveis da doença em 2019, desse total, 12 gestantes (na semana passada eram 8), sendo duas com confirmação laboratorial até o momento.
Na região, dez cidades têm casos prováveis de chikungunya, sendo todas classificadas com incidência baixa da doença.
Porém, o caso de Araguari chama a atenção. Se na semana passada eram quatro casos prováveis, no boletim atual esse número subiu para 10. Ainda assim, segundo a Secretaria, a incidência é considerada baixa. Somente Uberlândia tem mais casos prováveis, com 11 até o momento.
Casos prováveis de chikungunya na região
Município |
Número de casos |
Uberlândia |
11 |
Araguari |
10 |
Santa Vitória |
6 |
Uberaba |
5 |
Ituiutaba |
1 |
Até o momento, em todo o Estado, foram registrados 121 casos prováveis de zika em 2019, sendo 31 em gestantes sem confirmação laboratorial até o momento. Casos prováveis de zika em gestantes foram registrados em 15 municípios. Destaque para Uberlândia (4 gestantes) e Ituiutaba (3 gestantes).
Na região, aparecem casos prováveis da doença em cinco municípios, destaque para Ituiutaba e Prata, com cinco e quatro casos, respectivamente. Confira:
Casos prováveis de zika na região
Município |
Número de casos |
Casos em gestantes |
Uberlândia |
4 |
4 |
Ituiutaba |
5 |
3 |
Prata |
4 |
0 |
A SES-MG destaca que um registro maior de casos é esperado para este período (meses quentes e chuvosos) devido à sazonalidade da doença. Dessa forma, o Estado está em situação de alerta para esse aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo aedes. Por isso, devido as ocorrências de chuvas registradas nas últimas semanas, a tendência é de que o próximo boletim apresente alta no número de casos prováveis das doenças.